O título é do Cazuza. As considerações abaixo, não.
Aos dezessete anos, decidi fazer um curso de reconhecimento de céu, no Planetário de São Paulo. Se a memória não falha - e como ela tem falhado! - foi um curso de dois meses. Curto, mas suficiente pra aprender a reconhecer as principais constelações e a perceber os lentos mas persistentes movimentos do universo.
Na mesma época, boa aluna que era no curso médio, adorava as aulas de filosofia e, apesar da arrogância típica da juventude, conseguia compreender com clareza o todo e o quase nada. O movimento do infinito e a evolução lenta do pensamento. Os avanços do infinito e os recuos do pensamento.
Aqui onde vivo agora também há um Planetário. Talvez seja um bom momento para fazer novo curso.