Dorme um Deus-Menino entre etiquetas
e lá fora explodem rolhas de champanha.
No gráfico de vendas se encapela
em ondas a maré de mercancia.
Camuflado, barbas brancas,
Papai Noel executa promissórias de crediário.
A piedade vira embrulhos neste Natal sem manjedouras.
Lá no fundo de seu quarto,
fumando o último cigarro,
Deus contempla os homens
com infinita melancolia.
- Que fuzarca foram fazer logo no meu aniversário!
Poema de Natal - Luiz Coronel.
Obrigada, Nereide!