Não. A foto não é involuntária. Ao dar de cara com meu joelho, como se o visse pela primeira vez, fotografei-o.
Guardei na memória destes meus 56 anos tantas imagens, sons, cheiros, palavras e nem sequer me apercebi do meu joelho!
Olhei-o como um pedaço novo do meu velho corpo. Pensei que há tanto para me aperceber! É claro que além dos cotovelos, nariz e boca. Há os sentimentos. Aqueles desenvolvidos a partir de sons, cheiros, palavras, gestos.
Comprometo-me comigo a estar mais atenta em 2006. Nada, nada, já é um bom começo.