Se eu pisar nas folhas das mangueiras
que se esparramam pelo chão de Belém
depois da chuva,
meus pés não carregarão a seiva, nem o fruto.
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Se eu andar sob o sol escaldante após a chuva,
e caminhar pelo cais,
e olhar os barcos carregados de paneiros,
não levarei na boca o gosto do açaí.
Se eu olhar seus olhos na fotografia,
e imaginar o que eu quero ouvir,
e brincar de adivinhar o seu desejo,
ainda assim não terei você aqui comigo.
Se eu dormir agora, e não sonhar,
se eu acordar amanhã e me esquecer,
cante de novo a música que fala dessa impossibilidade
construída apesar de nós.