" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

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Mar 06

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Quando uma gripe me pega, quero o colo da minha mãe. E, reconheço que com isso, sinto é  raiva da falta que sinto do colo que ela nunca deu.

Ah! minha mãe! Sempre ativa, corajosa para enfrentar as adversidades! Cuidava com competência das "objetividades" da vida, considerando sempre que o afago era quebra de autoridade. O carinho era sempre postergado para o dia de São Nunca!

Reconheço que o carater que temos, seus filhos, foi impresso pelo carinho do meu pai e pela postura austera da mãe. Ambos confiavam sempre no tal do próximo, até que este lhes provasse que não merecia tanto crédito. Mas, quando a gripe me pega, quero o colo que ela não dava, o abraço que nunca estava disponível, o riso que nunca tinha vez!

Conclusão: sempre curo as gripes, mas não me curo da secura da minha mãe!

publicado por Adelina Braglia às 17:08

Março 2006
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