"Valor: Com a demissão de Palocci, o que muda na condução das campanhas presidenciais do PSDB e do PT?
Luiz Carlos Mendonça de Barros: A demissão do Palocci, independente da gestão da economia nestes meses que faltam, tem uma repercussão muito mais importante no processo eleitoral. Palocci é quem deu consistência à política econômica do presidente Lula. Escolheu um caminho e conseguiu convencer o presidente de que este era o único caminho que existia. Ele construiu uma credibilidade própria, com a montagem de uma equipe com um rumo econômico consistente e amarrado e, em segundo lugar, a ascendência sobre o Lula. Até sua demissão, o mercado não colocava nenhum preço de risco eleitoral, porque sabia que a relação Palocci/Lula levava à manutenção desta política econômica. Sem Palocci, o que o mercado hoje se pergunta é quem será o fiador da política econômica nos próximos quatro anos em uma eventual vitória de Lula.
Valor: Lula vai ter que demonstrar de novo o seu compromisso com a estabilidade?
Mendonça de Barros: Vai ter que mostrar. Sem Palocci, Lula não tem credibilidade."
O menimo prodígio do clã Mendonça de Barros já vaticina o caminho e a luz: Geraldo Alckmin.
Não voto mais em Lula, menos ainda em Alckmin, mas tenho sérias dúvidas se as famílias beneficiadas pelos programas compensatórios, que elevaram a renda média familiar dos muito pobres (detesto a palavra paupérrimos!) de R$ 60,00 para R$ 67,00 - o que é um acréscimo substancial na pobreza - sabem quem era o tal Palocci. A mim sempre pareceu que o avalista de mais da metade da população brasileira, que ainda acredita em Lula, é o próprio Lula.
Vamos lá! Sei que agora que o avalista da elite "dançou", a mídia vai cair de pau no Governo. Vão encontrar pelo em ovo, chifres em cabeças de burro, mesmo que os ovos sempre estivessem à mesa e os burros no pasto! Ainda assim, Lula está vivo e seus eleitores, com os R$7,00 a mais por mês, estarão vivos também na eleição.
Que venha outubro, e saberemos o nome do pesadêlo!