Segundo relatos obtidos pela Folha, Palocci fez pressões até a última hora para permanecer no cargo. Discutiu com Mattoso e Thomaz Bastos duramente na segunda-feira passada, dia de sua queda. Mattoso rejeitou assumir sozinho a culpa.
Por telefone, Palocci chegou a pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não fosse demitido, mas afastado temporariamente. Lula, porém, respondeu secamente que não dava. Havia acabado de ser informado de que não havia mais dúvida de que Palocci ordenara a violação do sigilo do caseiro, apesar de o então ministro ter negado isso várias vezes no decorrer do imbróglio.
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(http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u77207.shtml)
Então, tá! Falta agora o presidente explicar pra gente porque, depois de ter conhecimento de tudo, fez um comovente e comovido discurso na despedida de Palocci, chamando-o de "irmão". Irmão de fé, de engôdos, de mentiras, de farsas, de truculência.
Tem pressa, não. Aguardo as explicações. Afinal, daqui até outubro, há muito o que esperar!