" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

04
Ago 12

 

Hoje cedo, entre um alho fritando na panela e uma  música tocando na rádio, achei  que, sem modéstia, Tom Jobim  já havia parcialmente me definido nos versos iniciais de  “Lígia”.

 

Porque não gosto de chuva, nem de sol e menos ainda de praias quentes e plenas de areia.

 

Bares ou restaurantes cheios, música alta, pessoas querendo ser vistas e incapazes de se ver, são hoje para mim a pré-estréia do Inferno.

 

Distancio-me cada vez mais  das pessoas, nas relações individuais, temendo ter o trabalho de me repaginar a cada encontro. Disto só não me sinto cobrada pelos irmãos e pelas velhas e adoráveis amigas.

 

Ao escrever isto agora  descubro porque ando sendo tão assídua nos supermercados: ali se expõe o que quero e entro e saio, se quiser, sem dizer nada, salvo o cordial bom dia, boa tarde ou boa noite e o obrigada. Nada mais me é exigido.

 

Continuando a escrita, chamo a esses sentimentos de cansaço. Pensando melhor, defino-os como tédio. E, pensando mais um pouco, acho que a velha melancolia anda se aproveitando de mim, tão envolvida que ando nas minhas preocupações coletivas...rsrsrs...

 

 

 

 

 

 

publicado por Adelina Braglia às 22:29

Acho que vc deixou queimar o alho!... Vá lá ver, correndo.
rsrsrsrs

Mas a canção (Lygia) é linda de morrer.

Beijão!
Pilantra a 5 de Agosto de 2012 às 10:23

Bom dia, querida: sua contundente perspicácia me faz ter que confessar o crime.
O alho queimou, foi jogado fora com o azeite e tudo, e foi depois reposto. E o mundo voltou a girar, feliz...rsrsrs...
Beijão.

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