" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

25
Set 11

 

“Não vá  ainda, moça

de noite a estrada é um perigo.

O que não acontecia antes

agora parece castigo.”

 

 

Essa é a recomendação para quem vai de Anapú a Senador José Porfírio.

São indícios do “progresso” que as obras de Belo Monte trouxeram à região.

 

 

O lago vai se alastrar

empurrando pra longe a pobreza

trazendo nas ondas mansas

saudades e vil tristeza.

 

 

 

“Exemplos infelizes como a construção das usinas hidrelétricas de Tucuruí (PA) e Balbina (AM), as últimas construídas na Amazônia, nas décadas de 1970 e 1980, estão aí de prova. Desalojaram comunidades, inundaram enormes extensões de terra e destruíram a fauna e flora daquelas regiões. Balbina, a 146 quilômetros de Manaus, significou a inundação da reserva indígena Waimiri-Atroari, mortandade de peixes, escassez de alimentos e fome para as populações locais. A contrapartida, que era o abastecimento de energia elétrica da população local, não foi cumprida. O desastre foi tal que, em 1989, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), depois de analisar a situação do Rio Uatumã, onde a hidrelétrica fora construída, concluiu por sua morte biológica. Em Tucuruí não foi muito diferente. Quase dez mil famílias ficaram sem suas terras, entre indígenas e ribeirinhos” (instituto Socioambiental - ISA).

 

 

Associam-se os comandantes

mobilizam-se os pós-modernos

em torno de Belo Monte.

E abrem-se as portas do inferno.

 

 

 

“Em fevereiro de 2010, o governo brasileiro emitiu a chamada Licença Prévia (LP) que autoriza o leilão de Belo Monte. Além das empreiteiras já citadas, teve apoio do grupo francês GDF Suez; de importantes grupos eletro-intensivos e mineradores, como Votorantim, Vale e Alcoa; diversos empresários; governadores, prefeitos e parlamentares.”  ...  “O EIA/RIMA de Belo Monte foi elaborado pela Leme Engenharia, afiliada ao Grupo Tractebel Engineering, por sua vez vinculado ao grupo GDF Suez”  (Belo Monte: doze questões sem respostas – Antonio Martins)

 

 

 

Mudem-se para outros lugares,

adquiram novos hábitos,

morem nas casinhas novas

esqueçam suas memórias.

 

 

 

 

Beijos.

publicado por Adelina Braglia às 06:15

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