As letras da política nacional embaralham-se mais a cada eleição. Em alguns estados, em 2010, rompe-se a aliança nacional. O PT vai para um lado, o PMDB para o outro, o PSB pega uma vereda e o PC do B e setores do PT enfrentam os Sarney no Maranhão, com a candidatura de Flávio Dino. Ponto pra eles!
A lei da Ficha Limpa vem trazer à vida partidária um fato comum na vida do cidadão: o atestado de bons antecedentes. Aquele que o seu Zé tira para arranjar um emprego no supermercado, agora vale para os nossos grandes mandatários.
Espera-se grande turbulência nos Tribunais, pois, cá sabemos que cada caso é um caso. O Estadão inclui entre os inelegíveis dois do DEM-DF (Junior Brunelli e Leonardo Prudente)que renunciaram para não serem cassados. Vai valer para todos?
Alguns ainda se surpreendem com a postura do Lulismo frente às alianças regionais, mas esqueceram-se da Carta aos Brasileiros de 2006, um retrocesso programático de mil quilômetros para vencer a um precinho camarada – para o sistema financeiro, é claro, e para a nata da companheirada - e da última resolução do 4º Congresso, este ano.
Ali estão expressas uma batida no cravo “...nosso projeto está vinculada à nossa capacidade de fortalecer um bloco de esquerda e progressista, amparado nos movimentos sociais, intelectuais e todos os setores comprometidos com o projeto de desenvolvimento implementado pelo governo Lula.” e outra na ferradura “...Dependerá também da capacidade de agregar forças políticas de centro”. Ou seja, vale tudo pela manutenção do poder. A eleição da “companheira Dilma” vale qualquer tostão a mais. Mesmo moedas apodrecidas como as dos aliados (de centro???) do Maranhão.
Para colorir esse cenário, o Ministro do Planejamento retira do ar o site do ministério que fazia reflexões críticas sobre os resultados das políticas sociais. Seu melhor argumento? Deveria haver uma reflexão para os gestores e outra para o público em geral.
E o Presidente ontem fez um grande forró na Granja do Torto e comandou uma procissão com seus convidados. E eu lembrei do Gil, que saiu em tempo desse pátio dos milagres: