No seu Blog, a Governadora do Pará faz a sua simplória digressão sobre o que pensa sobre prevenção de catástrofes naturais, mas na verdade, ela pega isso como “gancho” para cobrar da Assembléia Legislativa a aprovação de empréstimo de “... 366 milhões de reais que vai investir em prevenção e em obras para melhorar a vida do povo do Pará..”, segundo ela.
A aprovação deste empréstimo, envolto em teia de chantagens ou de “ligeira pressão”, negociando recursos de emendas jamais liberados desde 2007, é um retrato 3 x 4 da desfaçatez deste governo.
Se o empréstimo é importante para “... investir em prevenção e em obras para melhorar a vida do povo do Pará..” basta apresentar á sociedade o desembolso dos 19 outros empréstimos já autorizados para este Governo e trazer para o debate limpo, sem contaminações de pressões, o plano de aplicação. Simples assim. A sociedade é o melhor cobrador do que é melhor para si, desde que tenha instrumentos para isto.
Ah! O título do post. Nossa Pinóquio, ao enaltecer a importância das políticas preventivas esqueceu-se de informar que recebeu 88 milhões em junho passado para atender as cidades prejudicadas por inundações, no Pará. E o que fez deles. Poderia ter aproveitado seu texto para prestar contas do recurso recebido. Saberíamos então se ele foi utilizado para a finalidade a que se destinou e se os municípios e prefeitos receberam aquilo que as tragédias locais indicavam. Se foi esse o critério de distribuição.
Também não leu matéria da imprensa nacional, na semana passada, que aponta que “... o único programa com bloqueio de recursos no âmbito do Ministério da Integração Nacional, no ano passado, foi justamente o de “prevenção e preparação para desastres”, com limitação de R$ 91,3 milhões de um orçamento total de R$ 646,6 milhões”.