O calendário de janeiro, aí à direita, quando inseri o post anterior, chamou minha atenção, por ser uma prova inconteste de que tenho guardado o que eu não sei mais se quero dizer.
Sempre fui uma usuária da palavra: escrita, falada e cantada, quando eu gostava tanto de cantar. Sou uma pessoa barulhenta, ainda que aparentemente contida.
O silêncio hoje parece fazer mais sentido. Entendo também o mutismo e o silêncio dos meus velhos. Parece que percebemos com a idade que precisamos de muita energia para sermos ouvidos. E aí se cria uma hierarquia instintiva: pelo que mesmo vou fazer barulho?
Neste espaço o silêncio ficou palpável, visível, mensurável.