Leio o jornal e penso: quanto tempo durará a sanha sarneisista? O Estadão, dono da denúcia, a mantém na pauta e leva o Folhão a mantê-la também.
A Fundação Sarney, com recursos da Petrobras, contratou uma empresa fantasma para ministrar curso de museologia, que jamais foi realizado. Esse convênio foi de 1,5 milhão. Mas há menores: cento e cinqüenta mil para a Associação dos Amigos do Bom Menino das Mercês , através de convênio com o Ministério do Turismo. do qual não prestou contas. Inadimplente desde janeiro, ainda assim a Associação recebeu seiscentos mil reais para quitar despesas de festas juninas. A Associação foi fundada e é controlada pelos Sarneys, em variações que vão de cunhada, tia ou sobrinhos.
A vala onde Sarney e os seus meteram-se há décadas é enorme. Tentáculos vão de nomeações de parentes em todos os graus em gabinetes diversos do Senado até a mais escancarada malversação de recursos públicos recebidos por Ministérios, empresas e autarquias governamentais por associações e fundações, além de empresas ganhadoras de concorrências para obras com valores um pouquinho superiores aos de mercado e até agora não totalmente demonstrados. Isso sem falar na rede de comunicação espalhada pelo Maranhão e alhures.
O presidente Lula, com sua sensibilidade e consideração, já nos disse que Sarney não é um homem comum, como um elogio. Desta vez parece que há discordâncias da sua opinião no populacho. O freguês da padaria onde comprei meu pão comentou hoje que acha Sarney um ladrão.
Penso que se Sarney quisesse oferecer uma canção ao Nosso Guia, que louva sua importância para a governabilidade, podeia ser essa: