O título não é sarcástico. É que quem ainda não deu os três nozinhos na fita de Nossa Senhora de Nazaré, ainda tem tempo. Tem sim.
"(...) Volto a Geisel. A prova de sua mediocridade, da sua incapacidade de perceber o alcance do desenho golberiano, está em um livrão de derrubar criados-mudos, fluvial entrevista concedida a um grupo de professores do CEPEDOC. Saído anos atrás. Quem deseja saber quem foi aquele ditador de plantão deve lê-lo. Geisel não liga a mínima para a tal distensão. Enaltece, isso sim, os feitos econômicos do seu governo e sobre o tema gasta largamente seu verbo de chefe de quartel. Pois é, logo no início do seu mandato, viu no Brasil uma ilha de prosperidade, em meio ao mar da depressão global. Foi ali, no entanto, que deu os primeiros passos a desgraça econômica brasileira, destinada a durar décadas, de recuos irresistíveis. Neste exato instante, Geisel e sua tola crença me voltam à memória."
(Blog do Mino, aí ao lado)
Parece que o italiano está fazendo comparações. Parece. E o Ministro Mantega, também. Parece que está.
"Mantega: 'tsunami financeiro' pesa sobre os mais pobres
WASHINGTON - "Não temos mais ilusão. Os países em desenvolvimento serão afetados pela desaceleração global", afirmou hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em discurso no Comitê de Desenvolvimento do Banco Mundial, em Washington. Por isso, o ministro avalia que, apesar das emergências deflagradas pela crise financeira internacional, erradicar a pobreza tem de ser prioridade. "Para evitar sérias conseqüências, o mundo em desenvolvimento precisa de um choque contracíclico", diz o comunicado divulgado depois da reunião realizada hoje durante o Encontro Anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (...).
(Estadão, hoje)