" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

09
Jun 06
 O Tribunal Superior Eleitoral aprovara esta semana resolução que determinava que as coligações partidárias a nível nacional, teriam que ser reproduzidas nos estados. Ou seja, partidos sem candidato à presidência só poderiam coligar-se nos estados com outros na mesma situação, o que abalou terrivelmente os interesses patrióticos dos “casais”  PSDB/PFL e PT/PMDB.

Hoje, o presidente do Tribunal anuncia, com a  cara mais lavada no jornal matinal, que o TSE, revendo sua decisão, “ para não criar fatos novos às vésperas do processo eleitoral”, havia “corajosamente” revisto a decisão. Ou seja, a barafunda ampla, geral e irrestrita, está novamente liberada. E o PFL e o PMDB, por amor ao Brasil, não lançarão candidatos à presidência, ficando livres para namorar ou trair o parceiro nacional em cada estado da fictícia federação brasileira.

O PSDB dá beijinhos no PFL na campanha para Presidente, mas pode unir-se ao PT nos estados onde isto lhe convier. O PT, com o apoio nacional do PMDB, será seu adversário nos estados onde seus interesses locais/paroquiais não coincidem com os do parceirão nacional.

E quem ainda imagina que partidos são agremiações que se formam através de programas e que seus objetivos gerais não podem ser antagônicos entre o que propõem para o Brasil e o que pensam regionalmente, que trate de rever seus conceitos.

Na linha do “só dói quando eu rio”, vamos tentar achar divertido ver Orestes Quércia, Jader Barbalho e outros queridinhos do PMDB, defenderem Lula e seus companheiros. Assim como ouvir o companheiro Lula garantir que os companheiros Quércia e Barbalho são fundamentais para as mudanças necessárias para fazer do Brasil um país mais justo no seu segundo governo!

Este discurso cívico vai se reproduzir quando Antonio Carlos Magalhães jurar que Alckmin é o melhor gerente que o país pode ter e Alckmin considerar que sem Jorge Borhausen não é possível diminuir as desigualdades sociais.

Surpresa, eu? Não. Só cansada. Como na música, que eu cantarolo hoje para os meus três ou quatro leitores: “...se é tarde, me perdoa, venho só cansada...”

(*) Perdão, Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli.

publicado por Adelina Braglia às 09:08

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