Para a meia dúzia de três ou quatro leitores, peço desculpas pelo longo siêncio, mas a vida tem se mostrado tão ficcional que escrever aqui deixou de ser prazeroso ou simples. Não tenho criatividade para superar a realidade, a partir destes poucos exemplos:
O Ministro da Pesca, guindado ao posto para contentar o PRB e os evangélicos, é sobrinho do “bispo” Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, denunciado pelo Ministério Público Federal por importação fraudulenta de equipamentos e uso de documento público falso, respondendo a processo aberto na Justiça Federal. Sua “igreja” representa cerca de 8 milhões de seguidores. O governo nega que isso tenha tido algum peso nessa primorosa indicação.
No bairro de Mosqueiro, em Belém, um adolescente foi torturado, espancado, esfaqueado e morto - com todos estes requintes de brutalidade -por marginais chefiados pelo que tinha ciúmes da amizade do jovem assassinado com a sua namorada.
Paulo Henrique Amorim, um ícone da imprensa “livre” faz acordo e se retrata por declaração ofensiva. No seu blog, PHA, como é conhecido e incensado, chamou Heraldo Pereira, apresentador do Jornal Nacional, da Globo, de "negro de alma branca" e afirmou que o jornalista não revelava nenhum "... atributo para fazer tanto sucesso, além de ser negro e de origem humilde". A "ofensa" foi resolvida via acordo judicial. Creio que a correta e elegante menção de PHA à raça e não à cor, substituindo o tradicional “preto” por “negro” deve ter feito a Justiça e a imprensa "livre" sentirem-se contempladas, tornando-se desnecessária sequer a menção ao racismo da expressão que sempre foi emblemática da nossa "cordialidade" racial.
Aqui, o jornalista Lucio Flávio Pinto é inexoravelmente condenado a ser perenemente réu pela Justiça paraense. Decide, assim, preservar sua honradez e sanidades profissional e mental não recorrendo da 33ª sentença.
Quem quiser apoiar Lúcio e conhecer a infâmia da sua condenação, pode fazê-lo aqui http://www.lucioflaviopinto.com.br/ . Qualquer contribuição financeira é bem vinda por ser fundamental para o pagamento da condenação e pode ser feita através da conta poupança 22.108-2 da agência 3024-4, variação 1, do Banco do Brasil, em nome do irmão do jornalista, Pedro Carlos de Faria Pinto.
Meu apoio, Lúcio. E um forte e fraterno abraço.
Quando esta é a realidade, camaradas , o melhor é a gente silenciar. Mas não se adaptar!