" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

20
Jun 10

Opa!

Pilantra ( no Patatá, ali ao lado) é muito, muito melhor do que Galvão!

Transponha seu texto para a nossa seleção! 

 

O Fodebotas 

 

O fodebotas não é meu, muitíssimo infelizmente.
Vem dos primórdios da bola e dos arcanos do Douro, o de arribas etílicas e agrestes, do tempo dos avós sibilinarem ‘andásteis’ no fodebotas, canalha,
quando meter-se ao Douro era um tratado nem sempre de Tordesilhas
quando as matriarcais eclusas ainda não lhe haviam posto cabresto.


Jogava-se a bola, fodiam-se as botas quando não as unhas, porra.
E lágrimas, baba e ranho aconchegavam-se na manga antes do cloreto.


Com as novas tecnologias, perdemos de vista o fodebotas
da canalha a norte e dos putos a sul
e chegámos ao fodorelhas da vuvuzela elefantina
e agora andamos todos de esperanças:
os milhares de treinadores, olheiros, jogadores, entendidos e árbitros de sofá bitatam esclarecimentos, sugestões, correções avulsas.


Entretanto, começou o aranzel e eu corri para o meu sofá.
E estala a bomba:


Deco já não se lembra como se joga


Coentrão ensinou como se corria mas não pegou


Liedson marcou o golo que já não valia


Miguel sente saudades da naite naice


E Cristiano Ronaldo é o capitão.


Capitão?

 

Ele já não joga nem sozinho nem acompanhado,


o tipo é bom é a vender cueca!

publicado por Adelina Braglia às 08:26

As letras da política nacional embaralham-se mais a cada eleição. Em alguns estados, em 2010, rompe-se a aliança nacional. O PT vai para um lado, o PMDB para o outro, o PSB pega uma vereda e o PC do B e setores do PT  enfrentam os Sarney no Maranhão, com a candidatura de Flávio Dino. Ponto pra eles!

 

A lei da Ficha Limpa vem trazer à vida partidária um fato comum na vida do cidadão: o atestado de bons antecedentes. Aquele que o seu Zé tira para arranjar um emprego no supermercado, agora vale para os nossos grandes mandatários.

 

Espera-se grande turbulência nos Tribunais, pois, cá sabemos que cada caso é um caso. O Estadão inclui entre os inelegíveis dois do DEM-DF (Junior Brunelli e Leonardo Prudente)que renunciaram para não serem cassados. Vai valer para todos?

 

Alguns ainda  se surpreendem com a postura do Lulismo frente às alianças regionais, mas esqueceram-se da Carta aos Brasileiros de 2006, um retrocesso programático de mil quilômetros para vencer a um precinho camarada – para o sistema financeiro, é claro, e para a nata da companheirada -  e da última resolução do 4º Congresso, este ano.

 

Ali estão expressas uma batida no cravo “...nosso projeto está vinculada à nossa capacidade de fortalecer um bloco de esquerda e progressista, amparado nos movimentos sociais, intelectuais e todos os setores comprometidos com o projeto de desenvolvimento implementado pelo governo Lula.” e outra na ferradura “...Dependerá também da capacidade de agregar forças políticas de centro”. Ou seja, vale tudo pela manutenção do poder. A eleição da “companheira Dilma” vale qualquer tostão a mais. Mesmo moedas apodrecidas como as dos aliados (de centro???) do Maranhão.

 

Para colorir esse cenário, o Ministro do Planejamento retira do ar o site do ministério que fazia reflexões críticas sobre os resultados das políticas sociais. Seu melhor argumento? Deveria haver uma reflexão para os gestores e outra para o público em geral.

 

E o Presidente ontem fez um grande forró na Granja do Torto e comandou uma procissão com seus  convidados. E eu lembrei do Gil, que saiu em tempo desse pátio dos milagres:

 

 

publicado por Adelina Braglia às 08:09

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