... e botar água no feijão, que eu tô voltando....rsrsrs....
... mas, você pode, desde já, ativar sua consciência branca...
Sempre que recebo um e-mail que detrata o Presidente Lula, não o repasso. Excluo os vídeos que o ridicularizam pelos erros de concordância ou outra questão que nada diz sobre quem ele é ou o que representa..
Hoje recebi um e-mail onde não havia isto, mas ainda não o repassei, nem deletei. Está aqui, arquivado, aguardando um tempo de compreender.
Chamo de tempo de compreender o meu tempo interno, muito lento, às vezes, para dirimir minhas dúvidas. Neste caso, a dúvida entre a crítica objetiva e o peso da minha frustração com este governo.
O vídeo mostra um furibundo procunciamento de Lula presidente - creio até que é de 2009 - e uma fala de Lula em 2002, como presidente do PT.
No primeiro pronunciamento, Lula Presidente chama de imbecis e ignorantes os que criticam o Bolsa Família. No segundo afirma que "...lamentavelmente no Brasil o voto não é ideológico...a população é conduzida a pensar pelo estomago...é por isso que se distribui tanta cesta básica, tanto tiket de leite... você despolitiza o processo eleitoral...você trata os pobres como Cabral tratou os índios no Brasil dando bijuterias..."
Na postura do Lula presidente do PT é visível que ele lê uma peça sociológica escrita por alguém que usa expressões como "politica de dominação que é secular no Brasil" e percebo um falso comedimento. Na fala de Lula Presidente da República, um vibrante improviso, há uma segurança de quem está muito à vontade.
Por enquanto, continuo achando que não há diferenças estrutirais entre o governo Lula e o de FHC, seu antecessor. Este sugeriu que esquecessemos o que escrevera. Aquele, demonstra que é para esquecermos o que disse.
Alvo móvel
A disputa eleitoral já está na praça, e faz algum tempo. O assunto da hora são as diferenças dentro da oposição sobre o nome do candidato presidencial. É uma novela que se arrasta. A oposição leva no momento a desvantagem de não estar definida em torno de um candidato. Isso teoricamente facilita a vida dos governistas, que têm espaço para costurar a rede de alianças em torno de Dilma Rousseff.
Mas a oposição também retira uma vantagem do cenário. Em vez de apresentar um alvo fixo, exibe dois alvos móveis. Na hora em que o PSDB e o Democratas baterem o martelo, o raio laser do Planalto apontará diretamente para a testa do desafiante oficial.
Em palácio ainda há alguma dúvida sincera sobre quem vai enfrentar Dilma. E, como sempre, há a possibilidade de uma aproximação com quem for preterido do outro lado. Isso de algum modo dificulta os movimentos do situacionismo.
Os últimos dias têm registrado escaramuças verbais entre de um lado Lula e Dilma e de outro José Serra. É fichinha perto do que virá por aí quando houver a definição final da oposição. Qualquer que seja a definição.
(No Blog do Alon, aí ao lado)
Você topa ativar a consciência branca?