Papai Lula impingiu à família brasileira uma deslavada mentira quando anunciou que agora estávamos emprestando dinheiro pro FMI.
Tolerante com o “papi”, não gastei meu tempo para desmenti-lo. Mas agora como ele é um disciplinado respondedor de e-mails,contumaz contador de lorotas e estou desocupada nesta amanhecer de sábado, transcrevo sua resposta pra um filhinho:
" P: De que maneira o empréstimo concedido ao FMI pode ser benéfico para o Brasil?
R: Durante muito tempo, o Brasil era devedor do FMI e obedecia, como um menino bem comportado, às ordens de seus técnicos. Eu cansei de carregar faixas de protesto e de gritar: “Fora FMI”. E agora, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, e mesmo em meio a uma grave crise econômica, o Brasil não apenas não pediu apoio financeiro, como vai repassar US$ 10 bilhões à instituição, na forma de empréstimo, o que não compromete nossas reservas. Nossa condição é a de que o dinheiro sirva para ajudar a economia dos países mais pobres e aqueles em desenvolvimento. Não se trata apenas de uma questão humanitária. Hoje, nenhum país é uma ilha, nenhum vive unicamente por seus próprios meios. Enquanto os demais países não emergirem da crise, nós não estaremos totalmente a salvo porque dependemos da saúde econômica de todos para normalizar o fluxo do comércio internacional. A verdade é que passamos a ser ouvidos. Hoje, nós é que estamos dizendo o que o FMI deve fazer e não o contrário, como sempre acontecia."
E aí, como o Papai anda mentindo demais, vamos estabelecer que:
1 – o Brasil é cotista do FMI. Os 10 bilhões foram o pagamento da cota. Nequinha de empréstimo. É c-o-t-a, papai.
2 - com isto o Brasil vai continuar a apitar pouco, porque somos representantes de um grupo "poderosíssimo" que inclui o Haiti, o Panamá, a Colômbia, o Suriname, entre outros com zero importância internacional para uma instituição canhestra e danosa como o Fundo, cujo objetivo é garantir (?) o equilíbrio monetário (?).
3 – os nossos 10 bilhões não movem nosso direito a voto porque alguns países, como EUA, Japão, Canadá, França, Itália e Inglaterra e mais uns três ou quatro, detém sozinhos mais da metade do poder de voto.
Bem, Pai, conta outra pra gente dormir.