Quatro anos nesta Travessia.
Gosto disto.
Às vezes, diviso a margem e penso que bastariam umas braçadas para alcançá-la. Mas, não sei nadar. Só boiar. Ou, ir, de bubuia. Mas, não me afogo!
Salut!
Quatro anos nesta Travessia.
Gosto disto.
Às vezes, diviso a margem e penso que bastariam umas braçadas para alcançá-la. Mas, não sei nadar. Só boiar. Ou, ir, de bubuia. Mas, não me afogo!
Salut!
Ingênuos e ameaçadores, presunçosos e talentosos, arrogantes e infantis, os depressivos estão sempre em boa companhia. Beethoven, Anthony Hopkins, Michelangelo, Martin Luther King, Francis Ford Coppola, Peter Gabriel ( remember The Police?), Marlon Brando, Harrison Ford, Ozzy Osbourne, James Taylor, Larry Flynt, Stephen Fry (é, aquele especialíssimo ator que inspirou Zeca Baleiro a compor a canção com seu nome), Tim Burton, James Taylor (meu predileto entre os “contemporâneos”) - e para quem gosta de moda tem até Yves Saint-Laurent! – são alguns coleguinhas da arte de ser infeliz, mesmo quando se pensa que tudo o que se quer da vida é ser feliz.
Esse é o Quase, de Mário de Sá Carneiro:
Um pouco mais de sol – eu era brasa,
Um pouco mais de azul – eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa…
Se ao menos eu permanecesse aquém…
Assombro ou paz? Em vão… Tudo esvaído
Num grande mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho – ó dor! – quase vivido…
Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim – quase a expansão…
Mas na minh’alma tudo se derrama…
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo … e tudo errou…
— Ai a dor de ser — quase, dor sem fim…
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se elançou mas não voou…
Momentos de alma que,desbaratei…
Templos aonde nunca pus um altar…
Rios que perdi sem os levar ao mar…
Ânsias que foram mas que não fixei…
Se me vagueio, encontro só indícios…
Ogivas para o sol — vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios…
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí…
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi…
Um pouco mais de sol — e fora brasa,
Um pouco mais de azul — e fora além.
Para atingir faltou-me um golpe de asa…
Se ao menos eu permanecesse aquém…
E esse é Um cidadão comum, do Torquato Neto:
Sempre subindo a ladeira do nada,
Topar em pedras que nada revelam.
Levar às costas o fardo do ser
E ter certeza que não vai ser pago.
Sentir prazeres, dores, sentir medo,
Nada entender, querer saber tudo.
Cantar com voz bonita prá cachorro,
Não ver "PERIGO" e afundar no caos.
Fumar, beber, amar, dormir sem sono,
Observar as horas impiedosas
Que passam carregando um bom pedaço
da vida, sem dar satisfações.
Amar o amargo e sonhar com doçuras
Saber que retornar não é possível
Sentir que um dia vai sentir saudades
Da ladeira, do fardo, das pedradas.
Por fim, de um só salto,
Transpor de vez o paredão.
Viu? Tenho pensado que os depressivos talvez sejam os “normais” da sociedade. Os que detem o prazer da loucura e são quase sãos, desde que tomem seus remedinhos direito. Matam-se de angústia pelo coletivo e pelo individual, mas são incapazes de fazer mal a uma ou mais moscas. E às pessoas também. São, no geral, generosos, mas escondem com isto uma egocentríssima visão do mundo.
É assim que somos.
Um senso de justiça que jamais se cumpre, um desejo de felicidade que nada tem a ver com o real, uma ânsia de encontrar iguais. E adoramos companhia desde que preservemos a solidão.
PS: Ok, Marga. OK, Ana. Vou sim. Vou tomar o meu Pondera... rsrsrs...
É por aqui que eu me despeço de você.
Com um pedaço do poema de Herberto Hélder:
Se pedem: canta, ele deve transformar-se no som.
E se as mulheres colocam os dedos sobre
a sua boca e dizem que seja como um violino penetrante,
ele não deve ser como o maior violino.
Ele será o único único violino
Porque nele começará a música dos violinos gerais
e acabará a inovação cantada.
Porque aquele que ama nasce e morre.
Vive nele o fim espalhado da terra.
Até sempre, Juca querido.
Look inside
Look inside your tiny mind
Now look a bit harder
Cause we're so uninspired,
so sick and tired
of all the hatred you harbour.
So you say
it's not OK to be gay
Well I think you're just evil
You're just some racist
who can't tie my laces
Your point of view is medieval
Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause we hate what you do
and we hate your whole crew
So please don't stay in touch
Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause your words don't translate
and it's getting quite late
So please don't stay in touch
Do you get
Do you get a little kick out of
being small-minded?
You want to be like your father,
his approval you're after
Well that's not how you find it.
Do you,
Do you really enjoy
living a life that's so hateful?
Cause there's a hole where your soul should be
You're losing control of it
And it's really distasteful
Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause we hate what you do
and we hate your whole crew
So please don't stay in touch
Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause your words don't translate
and it's getting quite late
So please don't stay in touch
Fuck you, fuck you, fuck you
Fuck you, fuck you, fuck you
Fuck you
You say you think we need to go to war
Well you're already in one
Cause it's people like you
that need to get slew
No one wants your opinion
Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause we hate what you do
and we hate your whole crew
So please don't stay in touch
Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause your words don't translate
and it's getting quite late
So please don't stay in touch
Fuck you