Ao comentar a divulgação de relatório do Tribunal de Contas da União, que acusou 106 mil casos de beneficiários fraudulentos do Bolsa Família, o Ministro Patrus Ananias referiu-se a setores minoritários do País, com influência nos meios de comunicação, que são intolerantes "com os direitos e com as lutas dos pobres" como responsáveis pelas críticas.
Nesta definição do ministro encaixo-me apenas nos “setores minoritários”, pois, estatísticamente, sou menos zero. Mas, ainda assim, penso e opino.
O orçamento do Programa Bolsa Família em 2009 será ampliado em R$ 400 milhões, atingindo R$ 11,8 bilhões, recursos que poderiam ser direcionados, em parte, para a redução de preços de alimentos básicos, das tarifas de transporte urbano, ou da energia rural. Para pequenos produtores. É claro que o Ministro nega veementemente que isso terá repercussões na eleição de 2010.
O site Adital, que em nenhuma hipótese pode ser alinhado aos setores da mídia intolerantes com os direitos dos pobres, destaca que a proposta de LDO 2010, marca o retorno do conservadorismo econômico, “...com a fixação da meta de superávit primário em 3,3% do PIB, sendo retomado o patamar previsto na LDO de 2009 de 2,35% do PIB para Governo Federal. A economia para pagamento de juros na esfera federal corresponderá a R$ 79,4 bilhões, ou seja, valor corresponde a todo orçamento da Saúde e da Assistência Social, que garante direitos para milhões de brasileiros/as. Ressalve-se que da meta de superávit primário foram excluídas as empresas do Grupo Petrobras.”
E aí, Ministro? Do que é mesmo que estamos falando?