Quando o tempo passa sem que a gente dê conta a não ser por um fato
é como se nos saltasse em cima um gato,
e com unhas afiadas nos arranhasse a cara.
Assim eu me senti à tarde,
quando vi Laura sair com seus pimpolhos,
como se não a visse com freqüência
e como se o passar destes 25 anos tivesse sido num átimo.
Caminham os três
- na verdade, João vai no colo -
e Flávia anda ao seu lado,
numa cumplicidade de mãe e filhos.
E eu a achar até há pouco
que ela ainda era a menina rechonchuda e de cabelos cacheados,
a minha primogênita sobrinha!
Vai, Laurinha, ser feliz com seus pimpolhos,
que a tia-avó, ainda que se perca no passar do tempo,
- quem sabe para não reconhecer que ele passou ...rsrsrs..-
ficou feliz ao se assustar com o trio
seguindo numa aura de amor e esperança,
que devem - sempre, sempre, sempre -
envolver os jovens e as crianças,
e fortalecer as mães e os filhos.
Minha benção.