Assisti a entrevista do rabino Henry Sobel, sobre o roubo praticado por ele no final de março, numa loja em Palm Beach, de onde surrupiou algumas gravatas. O fato foi fartamente explicado à época, como resultante de um surto medicamentoso que o rabino sofreu.
O rabino Sobel é uma figura pública sempre respeitada pela sua posição na luta pela democracia no Brasil, nos anos de chumbo da ditadura. É figura presente em todos os movimentos de luta pela cidadania.
Ao assistir à reportagem, imediatamente pensei que outras figuras públicas nada respeitáveis pelo passado ou pelo presente nunca foram constrangidas a responder às questões que o rabino respondeu. Mesmo que mentissem vergonhosamente como sempre mentem. Mesmo que não olhassem de frente para a câmera como o rabino olhava.
Que tal entrevistas diárias com Sarney, Barbalho, Renan, Arthur Virgílio, Collor, ACM, Dilma, Nelson Jobim e outras figuras nacionais, para que respondam como praticaram seus atos, se sentem arrependimento pelo que fizeram, e todas as perguntas imbecis que fizeram a Sobel?