À pergunta que me vem, de repente,
se o que quero são caminhos novos
eu respondo, de imediato: não.
Estou completa demais para novos caminhos,
mesmo que esta plenitude seja apenas medo ou cansaço.
Ou cansaço e medo.
Ou a plenitude de um vazio que preenche o todo.
Ou sinônimos disto.
Não sei. E não me importa saber.
O que sei é que o novo não me coopta.
O que me falta agora é querer
ser uma excepcional coadjuvante,
se eu decidir que assim quero ser.
O que me falta é sentir na boca,
o sabor das noites pouco dormidas,
e dos dias que pareciam sempre começar com um arco-íris.
O que me falta é descansar no seu colo,
é aceitar que eu preciso,
generosamente,
sem me importar se eu mereço.