"(...) Uma outra questão diz respeito aos privilégios. Nós, brancos(as), temos que admitir que só se acaba com o racismo se estivermos dispostos a terminar com muitos privilégios que temos pelo simples fato de sermos brancos(as), pois a outra face do preconceito racial são os privilégios que desfrutamos como brancos (por exemplo, um homem branco ganha mais que um homem negro, mesmo que desempenhe a mesma função).
Podemos até dizer, e admitir, que sejam “privilégios históricos” e que não lutamos por eles, mas não é possível acabar com o racismo sem mexer, por exemplo, nos mecanismos de concentração de riquezas (os beneficiados pela concentração de todas as formas de riqueza somos nós, brancos). A estrutura social, cultural, política e econômica levou e leva a isso.
Está na hora de sociedade e Estado enfrentarem o racismo com toda a radicalidade e por todos os meios. Só assim, conseguiremos realmente ser a nação brasileira (...)"
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