Se amanhã eu te desconhecer,
reconheça-me nos dias de chuva,
dos quais sempre reclamei.
Reconheça-me nas manhãs de abril,
nas tardes de maio e nas noites de junho,
nas risadas soltas e leves,
nos choros incontidos dos dias de tormento.
Se amanhã eu não te reconhecer
é porque me perdi de vez de mim.