“Não tem outro jeito, se você conhecer uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque ela tem problemas. Se você conhecer uma pessoa muito nova de direita, é porque também tem problemas...”.
A frase jocosa que fez a alegria da platéia foi dita pelo Presidente na solenidade em que ele foi homenageado pela revista ISTOÉ.
Eu não achei nenhuma graça, pois sempre me mantive ao largo dos esquerdistas. E dos direitistas. Eles não têm problemas. Eles são o problema. Independente de serem idosos ou jovens.
Mas na seqüência do seu pronunciamento, o Presidente se revela um homem de centro:
“... Então, quando a gente está com 60 anos, é a idade do ponto de equilíbrio em que a gente não é nem um nem outro. A gente se transforma no caminho do meio, aquele caminho que precisa ser seguido pela sociedade...”.
Cá com meus panos, que este vestido não tem botões, fico preocupada.
E se for o que eu estou entendendo, não gosto não. Nadinha de nada. Porque eu já estou perto dos 60, e não gosto do caminho do meio. E quando era jovem, também não gostava não!
Mas fico achando que ele fala em conciliação, em moderação, que o recado é lá pra turma dele e não pra mim. Mas, caramba, que hoje vou dormir com o pernilongo - que aqui não tem pulga - atraz da orelha, lá isso vou!