...a ponte e o rio...
... o trem...
.....e sua extensão.
A Cia. Vale do Rio Doce arranca do solo do Pará o ferro, a bauxita, o caulim. O trem imenso corta o Tocantins carregando o minério de ferro e deixando ao longo da estrada o som enervante do seu apito.
A empresa, arrogantemente, cospe no rosto dos paraenses a "fortuna" que deixa de impostos e considera extorsão a revindicação dos povos indígenas pela reparação que exigem por abrir suas terras à estrada de ferro.
A empresa transporta em alguns vagões o povo como gado. São os maranhenses que fogem da miséria do feudo dos Sarneys - pai e filhos - e vêm para o Pará, em busca de terra. trabalho e dignidade.
1984 de Orwell ou A hora dos ruminantes, de J. J. Veiga, são coisas de amador, perto do profissionalismo da Cia. Vale do Rio Amargo.