align=left>height=284 alt="Torres Vedras - mapa.jpg" src="
http://travessia.blogs.sapo.pt/arquivo/Torres Vedras - mapa.jpg" width=298 border=0>
align=left>Um mapa, um retrato pequenino
align=left>de um mundo imenso ao qual eu sou alheia,
align=left>e quando pequena eu os temia tanto, os mapas,
align=left>por temer recortá-los ao meu prazer,
align=left>pois quando uma pontinha se perdiaalign=left>entre o papel de seda e a a transcrição,
align=left>imaginava que ao mar jogava
align=left>pessoas, casas, flores, chão.
align=left>Os mapas são retratos pequeninos
align=left>dos sonhos que eu não conquistei,
align=left>das ruas onde não passei
align=left>da vida que eu não vivi.
align=left>Hoje sei que posso recortá-los
align=left>e transpo-los como bem quiser, pois
align=left>pessoas, casas, flores, chão,
align=left>lá permanecem sem que eu os afete.
align=left>Os mapas são retratos pequeninos
align=left>da minha solidão acompanhada,
align=left>da minha saudade tão desarvorada,
align=left>que cometo desatinos como este,
align=left>de colar um mapa pequenino
align=left>e pensar que com ele eu comovo
align=left>o mar, as trevas, o silêncio.