" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

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Jun 06
Victor Jara, Mercedes Sosa e o grupo Quilapayun formaram um belíssimo pano de fundo para os meus sonhos e pesadelos da juventude. Por isso, roubei ao Ademar a foto e todo o texto que se segue, para comemorar com ele a justiça, mesmo que tardia.

NUNCA ES TARDE...

height=350 alt=Victor_Jara.jpg src="http://travessia.blogs.sapo.pt/arquivo/Victor_Jara.jpg" width=350 border=0>

Tinha uma voz dulcíssima, que ainda hoje canta para mim (estou, neste momento, a ouvi-lo). lang=ES-TRAD style="FONT-SIZE: 12pt; COLOR: #333333; FONT-FAMILY: Georgia; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: ES-TRAD; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA">Afirmo bien la esperanza / cuando pienso en la otra estrella / nunca es tarde me dice ella / la paloma volará...

lang=ES-TRAD style="FONT-SIZE: 12pt; COLOR: #333333; FONT-FAMILY: Georgia; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: ES-TRAD; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA">
Victor Jara foi torturado e assassinado, em 1973, no Estádio de Santiago do Chile, transformado num imenso campo de concentração pelas hordas de Pinochet: primeiro, cortaram-lhe as mãos (por, mesmo detido, não desistir de continuar a tocar a sua guitarra); depois, alvejaram-no com 44 tiros, 44. O torturador e assassino foi um tal Edwin Minter Bianchi, também conhecido por «príncipe», que, na altura dos acontecimentos, era tenente do exército.
Edwin Bianchi viveu, discretamente, na impunidade, até há poucos dias, protegido pelos militares e pelos políticos que, em 1973, fizeram dele carrasco e lhe colocaram uma arma nas mãos. Foi, entretanto, descoberto e denunciado: é hoje um funcionário superior e distinto do Ministério do Trabalho. Nunca mais terá sossego.
A voz de Victor Jara soa-me hoje ainda mais doce...
(http://abnoxio3.blogs.sapo.pt/)

Abraço, Ademar.

publicado por Adelina Braglia às 21:54

Voltando ao jornal de ontem à noite, somado a uma "palhinha" nos noticiários televisivos de hoje,  não há como impedir o nó na garganta, ao ver Alckmin, FHC, Serra, Aécinho-neto-do-Tancredo, e outros menos ilustres tucanos, esforçarem-se por passar aos verde-amarelos eleitores um quê de indignação! Não que não haja motivos para tal, desde o deles  - perderam o poder pra um operário - até os nossos - um desgoverno Lula, cheio de mentiras e de um presidente que jamais soube delas!

A convenção nacional do PSDB  parecia uma reunião do Rotary Clube, chôcha (ou xôxa), sem tesão! Isto é resultado de um partido sem bases populares, eivado de notáveis personalidades, cada uma mais vaidosa e arrogante do que a outra. Mas, o que me chamou a atenção nesse PSDB de salto alto são suas mulheres fortes, e viúvas, como Lila Covas, viúva de Mário, Vilma, viúva de Serjão. Ali estavam as duas, firmes, serenas.

Resta esperar agora a convenção do PT, no final do mês, e assistir Lula re-candidatar-se, montado no seu messianismo, cercado pelos meninos do caixa dois e referendado por uma gestão de políticas assistencialistas sem investimentos em mudanças estruturais.

A curiosidade é esperar como vão ser administradas as alianças, sendo que ao PT restou o indefectível PCdoB, essa alquimia esdrúxula que é o PSB  e  o velho, esclerosado e corrupto PMDB e seus dragões da maldade: Sarney, Quércia, Jader. O PSDB vem até repaginado, com o PPS de braços dados com o coronelesco PFL, e na algibeira o apoio do PDT. Essa "rodada" vai ser muito, mas muito mais emocionante do que a Copa.

E, por falar em Copa, ontem, sentamos na beira da estrada, para ver Portugal "versus" Angola. Eu, que nada entendo de futebol e não me empolgo com ele, ainda assim  imaginava ver um belo jogo, onde a história entrasse em campo. Mas, mesmo torcendo por Angola,  não resistia à beleza de Figo!

O resultado do jogo muito ruim - não o resultado, o jogo! -  sugeriu o embate da nossa tragicômica eleição: vai dar 1 x 0. Lula-Portugal, Angola-brasileiros!

publicado por Adelina Braglia às 08:17

Um domingo tranquilo, mesmo com o coração um bocadinho amarrotado. Ainda assim, havia a vontade - realizada - de ver o sol, a estrada, rir muito, contar e ouvir histórias e retornar à casa me sentindo em paz.

Quase 57 anos pra descobrir coisa tão simples como ser possível sobreviver à certeza de que nada é superável, se o amor é frágil!

Complicado é olhar o jornal à noite e constatar que de nada adiantou o sol, a estrada e as risadas, pois que o país continua obscuro.

Constatar que na minha rua passeiam felizes os torcedores verde-amarelos, e que este período será assim: anestesia absoluta.

Constatar que  todas as bandeirinhas continuam pregadas nas janelas.

Constatar que meu país e eu vamos continuar trafegando na contramão

Abençoai-nos, Santo Ambrósio! Meu país e eu!

publicado por Adelina Braglia às 05:38

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