- aquelas que a raposa desprezou -
mas, o meu amor é verde, mesmo.
Verde no tempo, verde no tom, verde no tipo.
O meu amor não maturou ou amadureceu, pois que não é fruta.
E se fosse, seria daquelas, agridoces, como as grapefruits.
O meu amor amargou,
como o café no qual não se põe açúcar,
nem adoçante rançoso, artificial.
O meu amor não se plantou:
suas raízes aéreas não se prendem na água, nem no chão.
Ele sobrevoa, sobrevoa, sobrevoa,
sobre as nossas cabeças até me deixar
zonza, zonza, zonza,
de tanto tentar acompanhá-lo com o olhar.