Eu não acredito em fadas, duendes, cegonha e papai noel.
Não acredito em sina, destino, fatalidade.
Não acredito que a pobreza é dom da natureza, como o sol ou a chuva.
Acredito que a sabedoria não advém apenas dos livros, dos títulos obtidos, ou de teses defendidas.
Acredito que há uma sabedoria popular, que se destaca nos compromissos coletivos, e tem neles o seu fundamento e a sua razão de ser.
Acredito na divisão clara entre o interesse público e o interesse privado.
Acredito que o povo, esse tal de povo, se tiver acesso à informação, avança na direção da melhoria da sua qualidade de vida.
Acredito em chá de guaco para curar tosse,
em xarope de framboesa para infecção de garganta.
Acredito na minha cabeça, e sempre morei debaixo dela:
jamais a aluguei para ser sotão de interesses escusos.
Não acredito que primeiro é preciso fazer crescer o bolo para depois reparti-lo. Quem acreditava nisso eram os meninos do Delfim Neto.
Acredito que da miséria e da fome só advirão miséria e fome, e que as pessoas precisam de trabalho, alimento, alegria e condições para sonhar.
Não sou rica a ponto de não precisar trabalhar, nem tão pobre que não possa sonhar em ir a Barcelona.
Amo meu próximo e, às vezes, amo mais a mim mesma.
E não acredito mais no governo Lula.