Afasta de mim essa "sina"

de ser um menino que jamais será "igual".

Afasta de mim a cobrança

de alisar minha trança pra ser "natural".

Afasta de mim teu sorriso piedoso

e a tua complacência de

achar que tu sabes o que sou.

Afasta de mim esse abraço

que não tem nenhum traço de amor.

Afasta de mim esse olhar de piedade,

como se a igualdade fosse um "benefício" que podes me dar.

Afasta de mim esse "cale-se", de "calar a boca",

de ter que saber qual é "o meu lugar".

Afasta de mim essa tua voragem de achar que igualdade é ser igual a ti!

Deixa que eu seja, que eu viva, que eu pense

pois sou diferente desde quando nasci!

 

"Nenhum de nós nasceu para odiar. A intolerância aprende-se e, portanto, é possível desaprendê-la." (Kofi Annan)

 

height=360 alt=spceu.JPG src="http://travessia.blogs.sapo.pt/arquivo/spceu.JPG" width=400 border=0>

class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">Algumas músicas parecem tolas, na primeira audição. Outras, parecem tolas sempre. prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">Ouvia ontem o Acústico de Rita Lee e algumas canções, quase tão antigas quanto ela e eu, ainda são tolas. Outras, ouvi com ouvidos limpos de  julgamentos e suposições. Apenas ouvi, e elas prenderam minha atenção. class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">Percebi que há tantas coisas às quais não se dá atenção à primeira vista e, de óbvio em óbvio, fui levada a fazer comparações. Há uma espécie de amor que a gente trata como se fosse uma canção qualquer, e nos fazemos surdos pelo ouvido viciado e cheio de ruídos.class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">De repente, a mesma canção soa forte, mesmo se cantada pela mesma Rita Lee, assim como a declaração de amor fica tão expressa e forte como se fosse a primeira e única.class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">Não sei mais do que isso agora. E também não sei se é preciso saber mais. E não sei se é preciso "saber" ou se só basta "ouvir".