A cada passo, escorrego.
A cada abraço, me aflijo.
A cada riso, me encolho,
a cada dia, insisto!
A vida segue sem pena
desse meu frágil conflito:
não sei se choro, se grito,
não sei se faço de conta,
nem sei se vou para o Egito!
E ao fazer essa rima idiota,
penso que, antes de tudo,
devo voltar à analista,
e dizer-lhe que,
a esta altura,
não lhe pago mais à vista!