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"... Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)
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Quando me mataram,
meu lado não verteu água nem sangue:
eu me verti de mim por essa fenda,
escorri para a terra, debaixo do gelo, ausente.
(Alguém sabia: ela está ali, e isso era tua voz na noite)
E se houver um tempo de retorno, eu volto.
Subirei empurrando a alma com meu sangue,
por labirintos e paradoxos, até inundar novamente o coração.
(Terei, quem sabe, o mesmo ardor de antigamente).
(Lya Luft, fragmento de Mulher no palco)
Tambor de criola, da Comunidade Quilombola de Camiranga, município de Cachoeira do Piriá, Pará.
Rufa o batuque na cadência alucinante
Do jongo do samba na onda que banza.
Desnalgamentos, bamboleios, sapateios, cirandeios,
Cabinas cantando lundús das cubatas.
Patichouli, cipó-catinga, priprioca,
Baunilha, pau-rosa, orisa, jasmin.
Gaforinhas riscadas abertas ao meio,
Crioulas, mulatas, gente pixaim...
Sudorancias, bunduns mesclam-se intoxicantes
No fartum dos suarentos corpos lisos lustrosos
Ventres empinam-se no arrojo da umbigada,
as palmas batem no compasso da toada.
(Fragmento de Batuque, de Bruno de Menezes)
Bruno de Menezes, poeta, jornalista, romancista, nasceu em 1893, em Belém, Pará.
Morreu em 1963, em Manaus, Amazonas.
"Valor: Com a demissão de Palocci, o que muda na condução das campanhas presidenciais do PSDB e do PT?
Luiz Carlos Mendonça de Barros: A demissão do Palocci, independente da gestão da economia nestes meses que faltam, tem uma repercussão muito mais importante no processo eleitoral. Palocci é quem deu consistência à política econômica do presidente Lula. Escolheu um caminho e conseguiu convencer o presidente de que este era o único caminho que existia. Ele construiu uma credibilidade própria, com a montagem de uma equipe com um rumo econômico consistente e amarrado e, em segundo lugar, a ascendência sobre o Lula. Até sua demissão, o mercado não colocava nenhum preço de risco eleitoral, porque sabia que a relação Palocci/Lula levava à manutenção desta política econômica. Sem Palocci, o que o mercado hoje se pergunta é quem será o fiador da política econômica nos próximos quatro anos em uma eventual vitória de Lula.
Valor: Lula vai ter que demonstrar de novo o seu compromisso com a estabilidade?
Mendonça de Barros: Vai ter que mostrar. Sem Palocci, Lula não tem credibilidade."
O menimo prodígio do clã Mendonça de Barros já vaticina o caminho e a luz: Geraldo Alckmin.
Não voto mais em Lula, menos ainda em Alckmin, mas tenho sérias dúvidas se as famílias beneficiadas pelos programas compensatórios, que elevaram a renda média familiar dos muito pobres (detesto a palavra paupérrimos!) de R$ 60,00 para R$ 67,00 - o que é um acréscimo substancial na pobreza - sabem quem era o tal Palocci. A mim sempre pareceu que o avalista de mais da metade da população brasileira, que ainda acredita em Lula, é o próprio Lula.
Vamos lá! Sei que agora que o avalista da elite "dançou", a mídia vai cair de pau no Governo. Vão encontrar pelo em ovo, chifres em cabeças de burro, mesmo que os ovos sempre estivessem à mesa e os burros no pasto! Ainda assim, Lula está vivo e seus eleitores, com os R$7,00 a mais por mês, estarão vivos também na eleição.
Que venha outubro, e saberemos o nome do pesadêlo!
Eu não acredito em fadas, duendes, cegonha e papai noel.
Não acredito em sina, destino, fatalidade.
Não acredito que a pobreza é dom da natureza, como o sol ou a chuva.
Acredito que a sabedoria não advém apenas dos livros, dos títulos obtidos, ou de teses defendidas.
Acredito que há uma sabedoria popular, que se destaca nos compromissos coletivos, e tem neles o seu fundamento e a sua razão de ser.
Acredito na divisão clara entre o interesse público e o interesse privado.
Acredito que o povo, esse tal de povo, se tiver acesso à informação, avança na direção da melhoria da sua qualidade de vida.
Acredito em chá de guaco para curar tosse,
em xarope de framboesa para infecção de garganta.
Acredito na minha cabeça, e sempre morei debaixo dela:
jamais a aluguei para ser sotão de interesses escusos.
Não acredito que primeiro é preciso fazer crescer o bolo para depois reparti-lo. Quem acreditava nisso eram os meninos do Delfim Neto.
Acredito que da miséria e da fome só advirão miséria e fome, e que as pessoas precisam de trabalho, alimento, alegria e condições para sonhar.
Não sou rica a ponto de não precisar trabalhar, nem tão pobre que não possa sonhar em ir a Barcelona.
Amo meu próximo e, às vezes, amo mais a mim mesma.
E não acredito mais no governo Lula.
Quando uma gripe me pega, quero o colo da minha mãe. E, reconheço que com isso, sinto é raiva da falta que sinto do colo que ela nunca deu.
Ah! minha mãe! Sempre ativa, corajosa para enfrentar as adversidades! Cuidava com competência das "objetividades" da vida, considerando sempre que o afago era quebra de autoridade. O carinho era sempre postergado para o dia de São Nunca!
Reconheço que o carater que temos, seus filhos, foi impresso pelo carinho do meu pai e pela postura austera da mãe. Ambos confiavam sempre no tal do próximo, até que este lhes provasse que não merecia tanto crédito. Mas, quando a gripe me pega, quero o colo que ela não dava, o abraço que nunca estava disponível, o riso que nunca tinha vez!
Conclusão: sempre curo as gripes, mas não me curo da secura da minha mãe!
Meu pai foi um desses homens procuro por uma foto...
Salve, Cris.Mudamos todos, nós, os blogs, o Juca q...
saudades. estava me lendo no travessia e vi como b...
Amém! Beijo.
Querida, bom lhe ter de volta aos textos que retra...