Pois é, fica o dito e redito por não dito, e
disfarçar a minha dor eu nem cogito.
Ela dói e sangra, sem vergonhas, ela e eu.
Nem sequer assopro a ferida, como a mãe fazia quando eu ralava o joelho.
O mais que perfeito é uma imaginária maneira de não ter,
e nada está direito enquanto a dor tem que doer.
Depois, sem saliva, mas com a aragem do tempo,
a ferida sara, e percebe-se que nada foi injusto.
Tudo foi como tinha que ser.