height=360 alt=catarina.jpg src="http://travessia.blogs.sapo.pt/arquivo/catarina.jpg" width=480 border=0>
Um verde de mar no olho brilhante,
meio sagaz quando me examina,
meio arredia, se me acarinha,
minha sábia Catarina!
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Um verde de mar no olho brilhante,
meio sagaz quando me examina,
meio arredia, se me acarinha,
minha sábia Catarina!
height=360 alt="Juquehy 029.jpg" src="http://travessia.blogs.sapo.pt/arquivo/Juquehy 029.jpg" width=480 border=0>
Meio serra, meio mar, e um poste pra atrapalhar!!!
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Meio mar, meio rio.
Pois é, fica o dito e redito por não dito, e
disfarçar a minha dor eu nem cogito.
Ela dói e sangra, sem vergonhas, ela e eu.
Nem sequer assopro a ferida, como a mãe fazia quando eu ralava o joelho.
O mais que perfeito é uma imaginária maneira de não ter,
e nada está direito enquanto a dor tem que doer.
Depois, sem saliva, mas com a aragem do tempo,
a ferida sara, e percebe-se que nada foi injusto.
Tudo foi como tinha que ser.
" Um bebê do sexo feminino, com cerca de dois meses de idade, foi encontrado neste sábado dentro de um saco plástico boiando na Lagoa da Pampulha, no bairro São Luís, em Belo Horizonte (MG).
Retirada da lagoa por um casal que passeava pelo local e escutou barulho, a criança abandonada apresentava sinais de afogamento.
Ela foi levada para o Hospital Municipal Odilon Bering, no centro de Belo Horizonte, onde permanece internada para a realização de exames." (notícia Folha on line - www.uol.com.br, 28.01.2006)
Talvez lhe dêem um nome comum: Maria, talvez.
Maria não era Moisés, boiando num cesto no Nilo, para ser salvo.
Maria estava destinada a morrer. Num saco plástico, na Lagoa da Pampulha.
Comove-me pensar em Maria, e minha dor só alivia.
se eu me disser: vai, vai vencer a vida, Maria!
height=300 alt=Gil.jpg src="http://travessia.blogs.sapo.pt/arquivo/Gil.jpg" width=230 border=0>
Foto:www.terra.com.br
Gilberto Gil recebeu um premio em Davos, pela sua contribuição à cultura.
Sempre preferi a humanidade de Gil à arrogância de Caetano. Mas, como Ministro da Cultura, prefiro Gil como compositor!
A notícia vem de Portugal. E é precisa a defesa da legalidade constitucional do casamento entre pessoas do mesmo sexo que Ademar faz no seu texto. Vale para o Brasil, também. Também por isso o título deste post. Transcrevo e subscrevo.
class=date>Uma causa que deveria ser de todos... *
height=360 alt=casamento.jpg src="http://abnoxio2.blogs.sapo.pt/arquivo/casamento.jpg" width=346 border=0>
Esta é uma causa que eu apoiarei sempre. Não sei se é de direita ou de esquerda. Sei que, à direita e à esquerda, há ainda muita gente que, pelas mais diversas razões, convive mal com a homossexualidade. Sei também que, à esquerda e à direita, há muitos homossexuais que desejariam ter a coragem destas duas mulheres que, simplesmente, aspiram a casar (imagine-se o atrevimento!).
O casamento é um contrato. Um contrato que confere aos contraentes direitos e obrigações. Não está escrito em lado algum que uma das obrigações dos "cônjuges" seja procriar. A lei nunca vedou o casamento aos heterossexuais estéreis. O artigo 1672º do Código Civil define as obrigações a que os "cônjuges" se encontram reciprocamente vinculados: "respeito, fidelidade, coabitação, cooperação e assistência". Nenhuma destas obrigações tem "género" ou "orientação sexual". O casamento civil entre homossexuais faz, pois, tanto sentido como o casamento entre heterossexuais. Não é o sexo "diferente" dos contraentes que garante, como se sabe, a solidez do casamento. Um casamento homossexual pode ser tão ou mais sólido e fiável que um casamento heterossexual. Só preconceitos religiosos ou filosóficos têm impedido que, nesta matéria, se cumpra integralmente a Constituição, que garante a igualdade de todos os cidadãos perante a lei, independentemente de sexo, raça, religião, orientação sexual, etc...
Não sou homossexual, nem praticante do casamento. Mas compreendo e apoio a causa da Teresa e da Lena. Se elas querem casar, que casem. Quem sou eu, quem somos nós para lhes proibirmos essa ilusão de felicidade?...
* A imagem com que encimo este texto foi retirada da edição de hoje do Público.
A nós nos ensinaram um grande engôdo sobre o tempo.
O tempo não passa: nós inventamos um calendário para dar sentido ao dia e à noite, como se isso resolvesse a angústia sobre a nossa mentirosa eternidade.
Agora mesmo percebo que sou eu que passo. Duro. Existo. Qualquer coisa assim. Meu relógio inventado no micro faz os minutos dançarem aqui na minha frente e os segundos dão passinhos rápidos, ligeiros.
Não, o tempo não passa. Quem passa sou eu. As horas, dançam.
height=360 alt=nave01.gif src="http://travessia.blogs.sapo.pt/arquivo/nave01.gif" width=400 border=0>
" Não tenho bens de acontecimentos.
O que não sei fazer desconto nas palavras.
Entesouro frases. Por exemplo:
- Imagens são palavras que nos faltaram.
- Poesia é a ocupação da palavra pela Imagem.
- Poesia é a ocupação da Imagem pelo Ser.
Ai frases de pensar!
Pensar é uma pedreira. Estou sendo.
Me acho em petição de lata (frase encontrada no lixo)
Concluindo: há pessoas que se compõem de atos, ruídos, retratos.
Outras de palavras.
Poetas e tontos se compõem com palavras."
(Manoel de Barros - Retrato quase apagado em que se pode ver perfeitamente nada)