" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

25
Out 05

Caminhar em terreno minado,

vislumbrar entre as nuvens a possibilidade do sol.

Repartir o único patrimônio que tenho: o conhecimento,

parco, ralo, não superior ao conhecimento alheio,

 mas em algumas coisas, mais amplo ou diverso do que o saber ingenuo

 que alguns carregam na sua trouxa de roupas.

Sentir-me herói e canalha ao mesmo tempo.

Privilégio ou sina.

Olhar minhas pegadas no chão e duvidar delas, sempre.

Lucidez, talvez.


 

publicado por Adelina Braglia às 05:44

height=360 alt="vila nova.jpg" src="http://travessia.blogs.sapo.pt/arquivo/vila nova.jpg" width=480 border=0>

O Brasil pós referendo desconhece, na sua maioria, o que referendou.

A decisão contra ou a favor da comercialização de armas, mal orientada por uma questão mal formulada, acachapada pela mídia competente dos que eram a favor, garantiu o voto maciço em não se sabe o quê, apoiando os poucos que sabiam o porquê.

Enquanto isso, um pequeno pedaço do brasil real discute o controle sobre sua terra e o destino da sua escola. Sim, porque essa cena é uma tomada de uma reunião num similar de escola: paredes rotas, piso de terra batida, professores que superam a falta de remuneração digna, a falta de lápis e cadernos, quando não da merenda, nem sempre diária. Aos seus cuidados estão crianças cujos pais sonham que a escola vá  ensinar aos filhos as artimanhas de sobreviver ao presente e as que permitirão chegar ao futuro.

Esse mesmo futuro que o referendo garantiu que poderá lhes ser roubado pela violência generalizada ou pela bala perdida.

Tá certo. Hoje não amanheci bem. 

publicado por Adelina Braglia às 05:31

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