" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

11
Set 05

Contrária à opinião de muitos amigos, quando  Severino Cavalcanti elegeu-se presidente da Câmara, detestei as razões que o levaram ao cargo, mas  defendi que ele, na verdade, representa a média dos péssimos deputados federais que temos.


Ao longo desses meses, desde a sua eleição, Severino jactou-se da sua autoridade, deu vexames previsíveis, não pela ignorância que cultiva, mas pela prepotência do mandato, fato corriqueiro naquele cenário bufo que é a Câmara Federal – sei, ressalvo a meia dúzia de três ou quatro parlamentares que são exceção.


Severino Cavalcanti é o lídimo representante dos 300 picaretas que Luiz Inácio denunciou quando era Deputado Federal, como bem registrou a música dos Paralamas.


A Câmara Federal está apressadíssima pra jogar Severino para baixo do tapete. Que o faça. Nada a lamentar. Mas, se estamos todos lutando bravamente pela preservação das “instituições democráticas” – e haja “bravamente” , quando nos subterrâneos trava-se a luta “patriótica”  dos partidos para negociar a preservação de Lula no poder, mesmo que seja com morfina, enquanto articulam soluções pra salvar a pátria de novo em 2006 – alguém poderia explicar-me porque se fala em composição para a nova presidência da Câmara se aquela ilustre casa tem um vice-presidente? Eu perdi um capítulo?


Thomas Nonô, o vice da Mesa da Câmara é do PFL, tá certo, e esse é o partido que tem como espinha dorsal o conservadorismo, o cinismo político e abriga os mais resistentes remanescentes da ditadura. Mas, na hora da composição da Mesa, ninguém lembrou disso?

publicado por Adelina Braglia às 07:49

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Foto: Rosa Almeida

"...todo lo que debemos aprender
los orgullosos:
con la verdad del pueblo
la eternidad del canto."

(Pablo Neruda)size=3>  PREFIX = O />




publicado por Adelina Braglia às 00:12

10
Set 05

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Carregam sonhos, tristezas, o fruto do suor e do trabalho, e castanheiras derrubadas.

 

publicado por Adelina Braglia às 10:01

 

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Lindas. Altivas. Nada severinas.

publicado por Adelina Braglia às 09:48

09
Set 05

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Barrancos, praia de rio, brincadeira na água. Nem parece que carrega tanta mágoa!

publicado por Adelina Braglia às 00:21

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Com o finalzinho do sol, a ponta da balsa, o rio que parece um mar. É nele que gosto de me afogar. No rio.

publicado por Adelina Braglia às 00:17

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Frutos redondinhos, como as meninas dos olhos.

publicado por Adelina Braglia às 00:13

08
Set 05
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Sugestivo. Muito sugestivo.
publicado por Adelina Braglia às 23:57

07
Set 05

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Engasgo com o cheiro da memória,

respiro o gosto que quero sentir,

engulo o susto,

ignoro a raiva,

imagino gestos,

recrio palavras.

Minha cabeça parece, de repente,

o escorregadio limbo das crianças mortas sem batismo.

Trama revelada,

uma bússola inútil,

quebrada,

de nada me serve.

Mãos frias, coração quente, dizia minha mãe.

Olhos cerrados.

O corpo, doendo inteiro,

responde por mim.

publicado por Adelina Braglia às 01:33

06
Set 05

Uma enxaqueca matinal brutal, que justifica o atraso para sair pro trabalho, me levou a tentar amainá-la, lendo notícias! Bem feito pra mim!


 " Levantamento divulgado hoje pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que 86,3% dos reajustes salariais conseguidos nos primeiros seis meses de 2005 foram iguais ou superiores à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O resultado é o melhor conseguido num primeiro semestre desde 1996. No ano passado, os reajustes acima do INPC representaram 75,7% do total." (http://www.estadao.com.br/economia/noticias/2005/set/05/166.htm)


Enquanto isso, dados do próprio DIEESE informam que entre 1998 e junho de 2005, na região metropolitana de São Paulo, o salário real médio caiu de 1.475 reais para 1.103. Em Recife, essa redução foi de 835 para 592.(http://www.desempregozero.org.br/dieese/index.php)

Tá certo. São informações diferentes e não comparáveis, como diria minha grande amiga estatística. Mas, como não sou estatística e não concordo com o Delfim Netto – guru da macroeconomia do atual governo – arrisco: quer dizer que os trabalhadores, no primeiro semestre de 2005, conseguiram “vultosos” ganhos salariais acima do INPC? Então, ta. Lá no finalzinho da notícia do estadão, o diretor técnico do DIEESE informa que:


“... o resultado positivo das negociações foi fruto do decréscimo dos indicadores de inflação, da estabilidade macroeconômica e da expectativa de bom desempenho da economia, tanto neste ano, quanto no próximo. Também tivemos um ajuste bom também porque viemos de uma base de reajustes bastante depreciada."


Taí como sofisticar a informação de reajustes pífios sobre  uma brutal queda do rendimento médio dos assalariados, sob o pomposo rótulo de “ base de reajustes bastante depreciada”. Inclusive no período do governo Lula - 2002 a 2005 – é educado dizer.


Bom dia. Fui.

publicado por Adelina Braglia às 10:19

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