" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

21
Set 05

Pelo menos um bom resultado já temos: Severino foi-se. Roberto Jefferson já havia ido. Há uma longa fila de espera composta pela camarilha governista e seus aliados na porta da cassação e nós torcemos pra que a fila deles não seja como a do INSS. Que ela lhes seja leve, breve e ágil!

Na verdade, um tempo de reflexão nos permite enxugar os olhos lacrimejantes, controlar a pressão arterial e enxergar que:


Lula não mudou nada na política econômica, mantendo tudo o que o impede de traçar outros rumos para o país; o que me leva a crer que não há golpe contra si mesmo;

Políticas sociais pífias e mal geridas, rotularam milhões como pobres e miseráveis, parecendo que a pobreza é uma força da natureza, tal qual a chuva, haja vista que a mudança esperada no item acima, não ocorreu, o que lembra o velho xará do Presidente, Luiz Gonzaga, que cantava: “mas doutor uma esmola, para um homem que é são, ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão..."

A taxa de juros cresceu cerca de 4 pontos em 1 ano;

A FIESP,  Delfim Neto e os banqueiros, a “esquerda”, a “nova esquerda”, os setores mais conservadores e espúrios do PMDB, liderados por José Sarney e Renan Calheiros, comandam os escaninhos das instituições públicas, isso sem falar no carcomido PTB, nessa farsa chamada PL e, todos juntos, formam a base “aliada” do governo;

Os “adversários” do governo – formalmente agregados no PSDB e no PFL – certamente riem à socapa, pois esse governo contemplou interesses contrários ao do conjunto dos brasileiros, com muito mais eficácia do que os dois governos de FHC, e devorou-se tão rápido que economizou aos adversários estratégias patrióticas pra eleição do ano que vem;

A precariedade dos postos de trabalho, a média salarial rebaixada a níveis de 1985, estão aí, pra quem quiser ver.


Não, não vale a pena alongar a lista. O Governo Lula será, provavelmente, bem cuidado pelos seus aliados e adversários com a morfina que merece, até a triste sucessão que nos couber.


Não, o sonho não acabou. Parece que o que se esgota é um mix de pesadelo e ressaca, do qual já acordei e me curei.

publicado por Adelina Braglia às 23:47

Eu não quero o amor comezinho,

frugal.

Mas isso é confuso,

pois quero o amor que seja tão comum,

que será quase vulgar,

no sentido contrário do amor fugaz.

Eu quero um colo pra deitar,

uma mão pra me acarinhar,

uma boca pra sorrir pra mim,

olhos pra me espiar,

ouvidos pra me ouvir,

tal e qual fazia o lobo mau,

travestido de vovozinha.

publicado por Adelina Braglia às 19:44

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