height=288 alt="por de sol.jpg" src="http://travessia.blogs.sapo.pt/arquivo/por de sol.jpg" width=384 border=0>
Engasgo com o cheiro da memória,
respiro o gosto que quero sentir,
engulo o susto,
ignoro a raiva,
imagino gestos,
recrio palavras.
Minha cabeça parece, de repente,
o escorregadio limbo das crianças mortas sem batismo.
Trama revelada,
uma bússola inútil,
quebrada,
de nada me serve.
Mãos frias, coração quente, dizia minha mãe.
Olhos cerrados.
O corpo, doendo inteiro,
responde por mim.