" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

06
Set 05

Uma enxaqueca matinal brutal, que justifica o atraso para sair pro trabalho, me levou a tentar amainá-la, lendo notícias! Bem feito pra mim!


 " Levantamento divulgado hoje pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que 86,3% dos reajustes salariais conseguidos nos primeiros seis meses de 2005 foram iguais ou superiores à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O resultado é o melhor conseguido num primeiro semestre desde 1996. No ano passado, os reajustes acima do INPC representaram 75,7% do total." (http://www.estadao.com.br/economia/noticias/2005/set/05/166.htm)


Enquanto isso, dados do próprio DIEESE informam que entre 1998 e junho de 2005, na região metropolitana de São Paulo, o salário real médio caiu de 1.475 reais para 1.103. Em Recife, essa redução foi de 835 para 592.(http://www.desempregozero.org.br/dieese/index.php)

Tá certo. São informações diferentes e não comparáveis, como diria minha grande amiga estatística. Mas, como não sou estatística e não concordo com o Delfim Netto – guru da macroeconomia do atual governo – arrisco: quer dizer que os trabalhadores, no primeiro semestre de 2005, conseguiram “vultosos” ganhos salariais acima do INPC? Então, ta. Lá no finalzinho da notícia do estadão, o diretor técnico do DIEESE informa que:


“... o resultado positivo das negociações foi fruto do decréscimo dos indicadores de inflação, da estabilidade macroeconômica e da expectativa de bom desempenho da economia, tanto neste ano, quanto no próximo. Também tivemos um ajuste bom também porque viemos de uma base de reajustes bastante depreciada."


Taí como sofisticar a informação de reajustes pífios sobre  uma brutal queda do rendimento médio dos assalariados, sob o pomposo rótulo de “ base de reajustes bastante depreciada”. Inclusive no período do governo Lula - 2002 a 2005 – é educado dizer.


Bom dia. Fui.

publicado por Adelina Braglia às 10:19

Hoje não quero limites.

Atravessar fronteiras,

cruzar o mar,

andar sobre as nuvens,ignorar fusos e linguagens,

dançar até entorpecer,

afogar-me no Tocantins,

pescar sob a lua da ilha do Caju Amigo,

gritar palavrões,

cantar,

testar o eco nas pedras,

chorar à vontade.

Amanhã, dou corda ao relógio,

e a ordem se restabelece:

deveres,

limites,

fronteiras,

silêncios.

Acordo e sigo a pauta.

publicado por Adelina Braglia às 00:14

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