" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

28
Ago 05

Não sei se já perdemos o bonde da história e nunca mais seremos uma nação.

Começava a sentir isso quando ao longo do desastroso governo Collor, a abrupta abertura do mercado, as transformações brutais na ocupação, o desemprego crescente, indicavam a nossa inserção subordinada no mundo globalizado. Depois, no governo FHC, malgrado algumas políticas sociais mais avançadas, algumas ações afirmativas para raça e gênero, o compasso do samba não mudava. A esperança no governo Lula reacendeu fantasias de um Brasil mais justo, igualitário, tratando com seriedade o fosso das desigualdades de toda ordem: regionais, sociais, raciais.

Não dava ainda pra enxergar avanços na medida esperada e aí vem a crise, a crise "política" – o que na verdade é – mas que reafirma apenas a nossa mesquinha democracia, fundada na compra de partidos e parlamentares, no agravamento das diferenças e em esperanças partidas em pedaços.

Acompanho os números das ações que me interessam e a situação hoje, segundo o site do senado federal, considerando o que foi empenhado da dotação inicial, é a seguinte:


 1 – Gestão da política de desenvolvimento agrário: 20%

 2 – Gestão da Promoção da Igualdade racial: 40%

3 – Brasil Quilombola: 10%

4 – Regularização e gerenciamento da estrutura fundiária: 21%

5 – Proteção de terras indígenas e etnodesenvolvimento: 27%


Assim não dá pra ser feliz.

publicado por Adelina Braglia às 21:31

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