A chuva forte lava a cidade.
Típica chuva de verão.
As ruas, depois da chuva,
estão inundadas.
Penso no velho dito espanhol:
Hay gobierno? Soy contra!
publicado por Adelina Braglia às 20:16
Ontem resolvi assistir o telejornal da noite. Show completo: numa sala, Marcos Valério, na outra Duda Mendonça. Ditos e desmentidos ao mesmo tempo. Versões diversas sobre um mesmo fato/dinheiro.
Os flashs da edição eram rápidos mas percebia-se que Marcos Valério abateu-se nesse período. Duda Mendonça continuava com um ar de publicitário bem sucedido.
Duda Mendonça chorou. Lembrou a mulher, a irmã e os filhos. Comovido declarou que em respeito a eles - família e amigos - estava ali espontaneamente pra dizer a verdade. E, parece que disse. Pelo menos a que lhe convinha.
Quanto à espontaneidade do seu gesto, só ocorreu após a CPI chegar na sua ilharga. Afinal estamos há dois meses nesse fogo cruzado intenso e o seu patriótico ato só ocorreu ontem. Ou seja, antes que me peguem, pego-os eu!
O choro é que é interessante. Dizem que somos um povo sentimental, herança do nosso tri-avô português. Denise Frossard, respeitável parlamentar do Rio de Janeiro, membro da CPI, comoveu-se com o choro. Elogiou o depoimento de Duda. A câmara não estava pertinho, mas parecia que ela falava com lágrimas nos olhos.
E tudo isso me leva a pensar que eu, que me comovo com um poema ou uma música, devo estar "perdendo a ternura". Duda não me comoveu. Deu-me náuseas.
publicado por Adelina Braglia às 07:54