Dois rapazes iranianos tinham 16 anos quando foram presos. No passado dia 19, e catorze meses após a detenção, foram executados numa praça de Mashhad. Antes, cada um deles fora chicoteado 228 vezes, para imenso gáudio da multidão que assistia ao auto de fé.
Não posso confirmar a informação, mas já li que estes dois jovens foram condenados à morte pela prática de actos homossexuais. Seja verdade ou mentira (e do regime iraniano tudo se pode esperar), a natureza do "crime" imputado aos sentenciados ainda é o que menos importa. Nada, em nenhuma circunstância, pode desculpar ou justificar o horror desta barbárie...
Eu sei que nada posso fazer para lhe pôr termo, mas posso, pelo menos, não ser cúmplice no silêncio. Recordo Miguel de Unamuno (1936) "há momentos em que calar é mentir - o silêncio pode ser tomado como aquiescência".
Os estados párias alimentam-se, precisamente, do silêncio cúmplice dos cobardes e dos cínicos..."
(copiado de abnoxio2.blogs.sapo.pt/29.07.2005)