Recebi este vídeo ontem à noite, da minha querida Annez. A velha insonia me permitiu ouvi-lo várias vezes e a cada audição cada verso tomava novo sentido e a palavra estrangeiro ficava cada vez mais abrangente.
Estrangeiros não são apenas os portoriquenhos ou os mexicanos de Miami. São estrangeiros na sua própria terra os brasileiros que grande parcela dos paulistas ainda chama de "baiano", bastando ter nascido acima de Queluz, na divisa com o Rio de Janeiro.
Estrangeiras são as mulheres num mundo ainda tão masculino. Para sermos formalmente respeitadas temos que dar gênero ao todos e todas, ainda que quase todas cotinuem sendo espancadas ou assassinadas por seus maridos, pais ou irmãos.
Estrangeiras são as crianças, reféns da ganância, da violência, do consumismo e do cinismo do mundo "adulto".
Os idosos? Não. São mais que estrangeiros no mundo que valoriza a capacidade física de produzir mais do que a experiência profissional ou de vida. Estes, são exilados.