A esquerda, aquela que só é solidária nos velórios, não consegue se constituir numa oposição consequente ao governo Lula, mesmo quando Lula realiza o terceiro e o quarto mandatos de FHC, mantendo a política macroeconômica, não transigindo no pagamento do serviço da dívida com a parte do leão e deixando a sobra para as políticas sociais. Como a pobreza extrema é filha de Cabral, a parcela que sobra desta conta tem sido compensadora para quem mal comia. Não se sabe até quando nem como.
Lula não sabe o que fazer - nos intervalos em que declara que não sabia de nada - entre o discurso de afago e apoio aos pobres e a prática concreta do abraço fraterno aos muito ricos, seja apoiando o agro negócio ou garantindo lucros estratosféricos para o sistema financeiro.
A direita sabe o que fazer: embarca na campanha moralizadora contra a corrupção, como se esta a surpreendesse e não fosse sua filha dileta. Desloca seu peso para os neo-patriotas que vão de Geraldo Alckmin até João Dória.
Eu? Também não sei de mais nada.
Fui,