" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

21
Abr 07

 

 

Do Blog do Mino (aí ao lado), o texto que me fez compreender a origem do meu desconforto pelo convite e pela provável aceitação de Mangabeira Unger para um lustroso e ainda não definido cargo no governo Lula.

 

Quando li a matéria pensei exatamente o que um comentarista do Blog havia já postado: que um ministério do "livre pensar" deveria ser entregue ao Millôr!

 

 

 

"19/04/2007 20:23

Larga distância

Corre o rumor de que o professor Mangabeira Unger, da Universidade de Harvard, seria candidato do presidente Lula para um cargo inédito, conquanto relevante. Dizem tratar-se de um ministério cuja denominação há de ser ainda encontrada. Algo assim como o ministério do livre-pensar, ou do futuro. Altamente estratégico. Mangabeira é figura de grande cultura, é inegável, e até integra a Academia de Artes e Ciências dos Estados Unidos. Não entenderia, porém, a escolha do presidente à luz de outras razões. Em primeiro lugar porque Mangabeira militou ativamente na vanguarda do exército neo-udenista e tucanizado que tanto se empenhou para levar às cordas o governo no final do primeiro mandato de Lula. E, se possível, atirá-lo fora do ringue ao sabor de swings e uppercuts. De fato, em textos candentes, Mangabeira, do alto do seu saber jurídico, advogou o impeachment do presidente. Conheço-o há muito tempo, desde quando me remetia dos Estados Unidos cartapacios manuscritos de leitura nem sempre fácil. Tive com ele relacionamento próximo mais recentemente, quando funcionou com advisor (é a palavra certa) de Ciro Gomes candidato à presidência, no ocaso do governo de Fernando Henrique Cardoso. Tinha bastante consideração por ele, embora nem sempre entendesse suas falas por causa do sotaque de Massachusetts que o caracteriza e que cultiva com indisfarçável desvelo. Dos baixios da minha ingenuidade descobri tardiamente a sua ligação com Daniel Dantas, o banqueiro orelhudo, da qual cuidara de jamais me falar. Fez trabalhos importantes para Dantas, pagos regiamente com os dólares da Brasil Telecom, e o hospeda quando o banqueiro vai aos EUA. Essa situação ensombreceu meu espírito e me sugeriu manter de Mangabeira larga distância."

 

 

 


publicado por Adelina Braglia às 09:43

Lembrou-me um provérbio húngaro que diz: na cova do lobo não há ateus.
Bjs.

Cris a 21 de Abril de 2007 às 14:35

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