" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

26
Mar 07

 

"Cozinha" de escola na área rural de Baião, Pará, Brasil.

 

Francelino Pereira, ex- deputado federal e depois senador, medíocre parlamentar que, como muitos,  floresceu na ditadura, acabou ficando famoso ao pronunciar a célebre frase: “Que país é este”, como se nada tivesse a ver com o longo período de desconstrução do país.

 

Hoje lembrei da frase ao ler matéria no Estadão que informa que professores da rede pública que fazem cursos de capacitação não conseguem que seus alunos tenham melhor desempenho do que aqueles que são alunos de professores que não têm formação continuada.

 

Junte-se a isto a informação de que nos últimos anos jovens deixam de freqüentar a escola.

 

Só falta responsabilizar agora os professores e os alunos, pois para sabermos que país é este, alguém há de ser culpado e, como sempre, desde os tempos de Francelino, não são os que causam os problemas! Culpados devem ser os alunos que “fogem” de uma escola desvinculada da sua realidade e os professores, incapazes de transmitir  conhecimentos suficientemente atraentes para manter os meninos lá dentro!

 

Na matéria, há uma opinião para levar a sério. É a da Professora Maria Lucia de Almeida, do Centro do Professorado Paulista, que afirma que quem pensa os cursos está fora da sala de aula, longe do contexto que envolve alunos e professores.

 

E, ao invés de discutirmos o que fazer para que essa conexão óbvia ocorra – realidade do entorno e dos protagonistas e adequação destes fatores ao programa de capacitação -  percebe-se um avanço da economicamente interessante e atraente “educação à distância”.

 

Aliás, proponho a alteração de nome desta modalidade, pois educação à distancia é aquela que praticamos secularmente: distante da realidade, distante dos objetivos comuns da comunidade, distante da dignidade que requer exercer a função de professor.  Sugiro “educação volátil”. Aquela que se desmancha no ar.

 

 

 

 

PS: pelo andar da carruagem, isso vai dar uma série: Fala, Francelino 2, 3, 4, 5.....

publicado por Adelina Braglia às 13:27

ótima reflexão.adoro este blog. bjão

ps= parece que melhorou a postagem
juca a 27 de Março de 2007 às 00:49

E eu adoro sua visita. Beijão.

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