Limpando o micro encontrei uns textos perdidos numa caixa "Perdidos" (original, não?). Aí vai o primeiro:
Canto meus bordões como se fossem sérios e rio sem graça das mesmas perguntas, enquanto o sol do Equador queima peles e tempo.
Não tenho tempo e sempre que o quero, o perco.
Um diagrama simples me emaranha todos os dias.
Enquanto Nana Caymmi canta a caixa de chicletes, eu lembro das caixinhas Adams, as amarelas, tão graciosas quando se é criança.
Digo coisas que queria ter dito e penso outras que detesto haver pensado.
Um bolero, de repente, se sobressai sobre a incrível canção de ontem e eu vejo o céu nublado, torcendo pela chuva que não cai.
E volto a pensar meus dogmas de juventude e sinto então uma saudade enorme do que fui e do que deixei de ser.
(Bordões, agosto, 2005)
A música coloquei hoje..rsrs...